segunda-feira, 9 de abril de 2018

SONETOS MORTÍFEROS



A tecnologia não pede licença e passa por cima até dos tratores.
A crueldade das inovações tecnológicas não pede passagem e arrasa o que estiver pela frente.
Entre na roda ou saia da frente.




A MARCHA DO PROGRESSO

Ninguém segura a marcha do progresso
Tudo aquilo que hoje está sendo feito
Será feito amanhã de outro jeito
Diferente será e com mais sucesso.

E no dia que um ser humano nasce
Tão logo ele casa-se com a mudança
Pode ser que não haja uma festança
Mas um pacto firme com ela faz-se.

Dizer que tem quinze anos de experiência
Ou um ano quinze vezes repetido
Será um trampolim para a competência?

Ou espelho retrovisor embutido
Que ilumina pra trás na decadência?
Fracassa em busca do tempo perdido.




AS VONTADES

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Camões falou e pôs dedicatória
Seu vaticínio vem rolando a história
E essas palavras parecem maldades.

Vem o século do obsoletismo
Traz as verdades pra fora de moda
Lança, usa, aproveita e gira a roda
Nada é para sempre, nem fanatismo.

Tapete mágico, conto de fadas
No alto o vento, e a chuva a vista embaça
Um sonho distante, mente estagnada.

Impedir a mudança virou desgraça
Nada resiste a força da manada
Os cães ladram e a carruagem passa.

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